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Tem azeite bom na Serra da Mantiqueira

O Serra dos Garcias já é destaque no cenário nacional


A psicanalista Silvia Marques e o publicitário Ivan Marques são dois grandes apaixonados por azeite. Já viajaram o mundo todo em busca dos bons óleos de oliva, mergulhando fundo em polos produtores como Portugal, Uruguai, Itália, França e Espanha. Até que decidiram se dedicar a grande paixão. 


 

Desde 2015 eles cultivam oliveiras na propriedade que têm em Aiuruoca, Minas, numa fazenda linda, colada nas escarpas da Serra da Mantiqueira. Hoje, ela já conta com 3.300 oliveiras das espécies Arbosana e Arbequina, originárias da Espanha, e Koroneiki, vinda da Grécia. 



Com tanta azeitona, claro, vamos fazer azeite! Assim nasceu o Serra dos Garcias, produzido com azeitonas colhidas manualmente, como se deve. Em menos de quatro horas, elas já  estão preparadas para a extração. Esse cuidado resulta em um azeite extravirgem artesanal de baixa acidez, aroma e sabor intensos, que vão dos frutados maduros aos mais verdes, e grande frescor. 



Para aproveitar o máximo de sua produção, o casal tem consultoria de Marcelo Scofano, prestigiado azeitólogo brasileiro, responsável por acompanhar o processo de colheita e extração e por criar os blends especiais. A produção brasileira cresce a cada temporada: já estamos na centena de milhares de litros, parcela pequena perto dos quase 100 milhões de litros importados anualmente – que fazem do país um dos maiores consumidores de azeite do mundo.



Para se situar, normalmente, as oliveiras são cultivadas nas mesmas latitudes que os vinhos, mas, por conta da altitude, a Serra da Mantiqueira tem se mostrado propícia para este cultivo, tornando-se, em 2018, o maior pólo de olivocultura do Brasil em volume de produção – o mais próximo de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. 


Os nossos azeites são feitos com azeitonas especiais 


A primeira extração de um azeite extravirgem nacional registrada ocorreu há exatos 10 anos, em Minas Gerais. Hoje, na Serra da Mantiqueira e em seus arredores há cerca de 160 produtores de azeitonas, sendo que, desses, quase 40 já extraem em quantidade suficiente para comercializar seus azeites. Por estarem fora da zona tradicional de cultivo, as oliveiras acabam crescendo mais que o normal, tem uma ótima produtividade e o azeite ali extraído tem características próprias de sabor e aroma.