clássicos

Coquetel de camarão, o retorno

Antes chique, ele virou brega. Agora, o brega é vintage


Ele já foi pura ostentação. Nos idos dos anos 50 e 60, para ser chique um bufê de festa tinha que servir coquetel de camarão. Nele, o crustáceo cozido  (na água ou no vapor) adentrava os salões esbanjando esplendor, escoltado apenas por gelo e um untuoso molho (de origem controversa) no qual ele era mergulhado antes de ser devorado numa só bocada. 


Com o tempo tornou-se arroz de festa, muitas vezes em versões nada ortodoxas e apresentações de gosto duvidoso (torre de camarão?). Mas o tempo passa e o jogo vira. 


Agora, todos respiram aliviados já que podem voltar a gostar de coquetel de camarão, com o famigerado molho golf. Os argentinos juram que vem de lá a ideia de combinar maionese,  ketchup, molho inglês, suco de limão, sal e pimenta. 


Graças   ao médico e bioquímico por Luis Federico Leloir, vencedor do Prêmio Nobel, suposto autor da receita. Já os norte-americanos, creem que o molho nasceu na rede de restaurantes Arctic Circle, de Utah. 


Bem da verdade é que receita famosa não tem dono. Basta olhar (um pouco) para trás para descobrir que molhos à base de maionese existem desde quase sempre na Europa (em especial na França). Tártaro, rémoulade, aioli... Todos esses sempre belos parceiros dos frutos do mar.