cervejas

Wäls brut: a cerveja que virou champanhe

Ela é elegante e pode substituir o espumante em momentos especiais

Robert Halfoun
Curador
05 de Janeiro de 2023 17:49


Quem nunca ouviu falar da DeuS, famosa por ser “a melhor cerveja do mundo”? Pois bem, ela é a primeira biére brut da qual se tem notícia, feita pelos belgas da cervejaria Bosteels, quando eles resolveram fermentar a cerveja duas vezes: a primeira em tanque (concreto, inox, madeira); a segunda na garrafa, com a adição de leveduras superselecionadas.

É aí que a cerveja fica mais carbonatada e vai dormir em caves, quando ganha elegância. A DeuS, por exemplo, é enviada para a França, onde os mestres do método champenoise, o mesmo feito com os espumantes, põem as suas mãozinhas mágicas para funcionar. Já divinal a essa altura, a cerveja repousa por meses, antes de seguir para o mercado.

Como se vê, o processo de produção de uma biére brut não é simples. E é por isso que há tão pouca gente dando origem a ela no mundo.

A cervejaria Wäls, de Belo Horizonte, orgulho nacional, é uma delas. A Wäls Brut, produzida com leveduras de champagne, é uma joia engarrafada. Primeiro ela brilha aos olhos com o seu dourado translúcido e efervescente, com perlage fino. No nariz, sentimos notas cítricas com algo de vinho branco.Depois, na boca, ela encanta com uma delicadeza e elegância que a gente percebe de cara. Aí vem o sabor marcante, com toques secos e uma acidez redondinha. 

Eles são fruto de nove meses de maturação em cave com temperatura e umidade controladas. A Wäls Brut tem 9% de álcool e, atenção, em nenhum momento você duvida que está tomando cerveja. Custa, em média, R$ 100.