drinques

Dry Martini ganha ostras em Buenos Aires

A ideia é que o drinque tenha gosto de praia 


Corre pelo mundo da coquetelaria de que o dirty martini surgiu na Crimeia, para aplacar uma ressaca de Josef Stalin. Em dias comuns, o Secretário Geral do Partido Comunista tomava no desjejum um pouco de vodca e um pouco de picles mas, desta vez, no fervor da Conferência de Ialta, não havia nenhum dos dois ingredientes à mão. Winston Churchill, o estadista britânico, temendo maiores problemas misturou gim e azeitonas. 

Não se sabe se a mistura curou a ressaca, mas fato é que a nota salgada nesse drinque “sujo” intensifica a potência do gim. Sem arrefecer essa força, mas pensando em tornar marítimo esse sal presente no coquetel, o chef Gabriel Oggero, do Crizia (restaurante com o primeiro e mais famoso oyster bar de Buenos Aires), provocou seu bartender, Santiago Perez. Resultado: um drinque elegante, que aguça fortemente os sentidos, que preenche a boca e o espírito com maresia. 

 

Crizia’s Dirty Oyster Martini (1 taça) 

 

INGREDIENTES 

75 ml de London Dry Gin (Martin Millers, Beefeater 24, Tanqueray)
 1 colher de chá de líquido de ostras (normalmente
 uma unidade é suficiente)
 1 colher de chá de “soro” feito com água mineral, gim e uma pitada de sal de Puna (pode substituir por salmoura de azeitonas de qualidade)
 1 colher de chá da vinagrete de chalotas (a água do picles dessa cebolinha)
 15 ml de Dry Vermouth (apenas para untar a taça) 
 Twist de limão siciliano (opcional)
 1 ostra crua
 Gelo 

 

PREPARO 

» Encha a taça de martini de gelo 

» “Suje” a taça com o vermute 

» Em uma coqueteleira com gelo, coloque o gim, a água das ostras, o soro (ou salmoura de azeitonas), a água das cebolinhas. Misture bem 

» Despreze o conteúdo da taça e coe o líquido da coqueteleira nela 

» Se quiser, decore com o twist de limão siciliano, mas não esqueça de servir acompanhado por uma ostra in natura